Artigo publicado na Real Gazeta Invicta, aquando da inauguração da II Exposição Industrial Portuguesa, no dia 17 de janeiro de 1920

Artigo publicado na Real Gazeta Invicta, aquando da inauguração da II Exposição Industrial Portuguesa, no dia 17 de janeiro de 1920

Quase 30 anos depois, o Palácio de Crystal volta a receber a Exposição Industrial Portuguesa, no âmbito das celebrações do primeiro aniversário da nossa afamada Monarquia. Organizada pela Real Companhia Vinícola – anteriormente designada Real Companhia Vinícola do Norte de Portugal –, em conjunto com o digníssimo Ilya Ilyich Mechnikov, precursor da estirpe vinícola Saccharomyces monarchica, que tanto pelo País tem feito, o evento foi inaugurado por Sua Majestade D. Manuel II, e atendido pela nata da sociedade portuense. Aberta ao público em geral, os visitantes da Exposição poderão, ao longo de quatro semanas, observar a maquinaria e os processos através dos quais é produzido o biocombustível, essencial ao funcionamento e liberdade da Monarquia do Norte. Contudo, e apesar da grande demanda popular, o segredo da conversão do sumo de uva em biocombustível mantem-se a portas fechadas, por motivos de segurança. De facto, as autoridades já apreenderam no espaço um cidadão, de origem tomarense, por suspeitas de tentativa de espionagem e lesa-pátria.

É de recordar que a primeira Exposição Industrial Portuguesa do Palácio de Crystal teve o intuito de divulgar ao público o então inovador vinho espumante. O carácter revolucionário da exibição mantem-se, nesta segunda edição, servindo agora mais do que o desenvolvimento comercial: o da nossa amada Pátria.