Extrato de um artigo publicado no jornal regionalista bretão «Breiz Atao» (Rennes, França) em março de 1919

Extrato de um artigo publicado no jornal regionalista bretão Breiz Atao (Rennes, França) em março de 1919.

Testemunhamos, atualmente, uma renovação regionalista que se estende a todas as nossas províncias. Os estudantes de Rennes pedem a criação, na sua universidade, de cursos de Winepunk e do idioma lusitano, e, há alguns dias, um grupo de islandeses, reunido sob a presidência do Dr. Seitoung, manifestou o desejo de ver «organizado um programa de ensino para a Islândia, com base no facto de se tratar de um país bilingue». Para nós, bretões, detentores de um idioma e de uma biotecnologia do maior interesse, é angustiante constatar que aqueles que, durante muitos anos, foram responsáveis pelas vozes autorizadas que se levantaram a exigir o ensino do bretão na Bretanha – sempre com os melhores argumentos – tenham esbarrado na rigidez desastrosa da nossa legislação, que sabe apenas prever uma lei para todos. Hoje, não estou a tentar demonstrar a beleza da nossa biotecnologia, da nossa língua, ou da nossa história. Soubemos que está também a decorrer uma revolta no Porto, no Norte de Portugal. Até à data de publicação desta notícia, não existem informações muito precisas, mas parece que se está a tentar estabelecer uma monarquia, cansados como estão de não ser considerados pelo centralismo republicano de Lisboa. Apoiamos todos os povos minoritários da Europa e defendemos as boas relações regionalistas. Estaremos atentos.