Lacerda de Sequeira (Visconde de Barcelos)

Lacerda de Sequeira aprendeu as primeiras letras com um tio-avô, que também o iniciou no estudo das Humanidades, mas cedo se manifestou a sua preferência pelas Ciências Exatas e Naturais. Licenciou-se em Geologia na Universidade do Porto, e prosseguiu os seus estudos em França, onde integrou o grupo de Madame Curie no Instituto do Rádio. Foi aí que descobriu os raios zeta, desenvolvendo um gerador para a sua produção. Foi com esta descoberta que obteve o seu doutoramento na Universidade de Paris.

De regresso a Portugal, ingressou no Instituto de Pesquisas Mineiras, onde organizou e coordenou a prospeção de minérios na zona controlada pela Monarquia do Norte, sobretudo de ferro e volfrâmio, essenciais para o fabrico de armamento. Os raios zeta revelaram-se uma técnica muito efetiva no trabalho de prospeção, dada a sua capacidade de penetração nos materiais sólidos. A deteção dos raios zeta refletidos ou refratados permitia inferências sobre a qualidade dos jazigos minerais.

Infelizmente, toda a informação sobre a radiação zeta e o aparelho que a produzia se perdeu com a morte de Lacerda de Sequeira, no fatídico dia 23 de abril de 1922. A cópia da sua tese de doutoramento, que deveria estar arquivada na Universidade de Paris, nunca foi encontrada.

Informações de que Lacerda de Sequeira teria detetado a falha profunda cuja rotura deu origem à Grande Catástrofe constituem apenas rumores nunca confirmados.