Cronologia
Bem-vindos à Enciclopédia do Reino da Monarquia do Norte, com capital no Porto, e da República Portuguesa, com capital em Lisboa, que narra a guerra e seus antecedentes entre estas duas forças, no período de 1918 a 1922.
No separador «Cronologia completa» têm acesso à cronologia oficial desta guerra civil, alimentada a vinho do Porto, por mérito do Norte ter desenvolvido tecnologia com base em etanol. No separador «Histórias» podem ver todas as entradas enciclopédicas por ordem cronológica, contribuídas por todos os participantes que colaboraram na construção deste imenso romance-em-mosaico.
Inspirem-se em ambos e participem!
1918
Abril, 9-10
Batalha de LaLys, onde o Corpo Expedicionário Português sofre pesadas baixas.
Agosto, 31
Morre Dom António José de Sousa Barroso, Bispo do Porto, exilado por afrontar a República.
Novembro, 11
Armistício da I Guerra Mundial.
Dezembro, 14
Assassinato de Sidónio Pais.
Dezembro, 19
Criada a Secção Especial da Cheka, o braço externo dos serviços secretos bolcheviques russos. Os serviços franceses («Segundo Gabinete») existem desde 1871, os britânicos (MI6) desde 1914, e a criptografia americana (MI8) desde 1917. A Polícia Preventiva, da República Portuguesa, data do final de 1917.
1919
Janeiro, 10-13
Revolta de Santarém; tentativa falhada de golpe da «República Velha».
Janeiro, 18
Início das negociações para o Tratado de Versalhes, em Paris.
Janeiro, 19
Proclamação da Monarquia do Norte no Porto. Implantação da Junta Governativa do Reino, liderada por Paiva Couceiro. A adesão do Norte à causa monárquica é rápida, até à linha do Vouga.
Janeiro, 22
Paiva Couceiro deixa o Porto à frente de uma coluna armada com intenção de tomar Coimbra.
Janeiro, 22
Tomada de Monsanto; revolta monárquica em Lisboa.
Janeiro, 22
Paiva Couceiro ocupa Ovar.
Janeiro, 24
Escalada de Monsanto; contra-ataque vitorioso (liderado por António Machado Santos, o Herói da Rotunda, ilustre Carbonário) das forças republicanas aniquila aspirações monárquicas em Lisboa.
Janeiro, 24
Paiva Couceiro toma Estarreja.
Janeiro, 26
Queda do Governo republicano de Tamagnini Barbosa.
Janeiro, 27
As tropas monárquicas são travadas na Batalha das Barreiras (Águeda), mas (ponto de divergência) a intervenção relâmpago de uma coluna monárquica originária da Guarda/Covilhã, instigada por Francisco Rolão Preto (personagem histórica) e integrada pelos efetivos que haviam conseguido fugir do fiasco de Lisboa (ficcional) numa marcha forçada pela Serra da Estrela, impede a vitória republicana. Esta ação ficaria conhecida por «A Marcha dos Elefantes».
Janeiro, 28
Apesar da vitória, Paiva Couceiro reconhece que esticou demais as suas linhas de abastecimento e o cansaço dos seus homens e retrocede para Albergaria-a-Velha.
Fevereiro, 4
Escaramuças assentam grosseiramente numa linha Aveiro-Albergaria-Viseu-Covilhã, ao longo da qual se constroem fortificações e trincheiras enquanto ambos os lados recuperam o fôlego e se reagrupam.
Fevereiro, 13
Os representantes da Monarquia do Norte nas zonas fronteiriças são presos pelas autoridades monárquicas espanholas, a pedido do governo de Lisboa (nomeadamente António Sardinha, em Badajoz) (facto histórico).
Fevereiro, 16
Apesar de lograrem extinguir alguns dos focos republicanos ainda a Norte, a situação torna-se insustentável, com notícia de fortes preparativos militares do Sul. O «Paladino» envia uma mensagem urgente a El Rei D. Manuel II, que continua até aqui irredutível na condenação da conduta insurreta. «Teremos Rei, mesmo que outro Rei», escreve Paiva Couceiro, ameaçando veladamente apoiar o ramo Legitimista. A mensagem é confiada ao primeiro agente do recém-criado Serviço de Informações da Monarquia, conhecido apenas como a Repartição, o qual, apesar do bloqueio naval republicano, se introduz em alto mar num vapor inglês que retorna do serviço de correio de Gibraltar.
Fevereiro, 18
O cientista russo Ilya Ilyich Mechnikov (personagem histórica), em visita de trabalho ao Instituto Pasteur do Porto desde o início do ano (ficção), coloca os seus préstimos ao serviço da Junta Governativa do Reino. Atendendo à sua grande experiência no apoio bélico do Instituto Pasteur de Paris durante a I Guerra Mundial (facto histórico), a oferta é prontamente aceite.
Fevereiro, 22
A resposta Real chega, codificada, por TSF (telefonia sem fios). El-Rei aceita voltar, mas teme ser impedido pela hesitação dos ingleses. Entretanto, A Repartição coloca em prática um plano para a fuga do monarca.
Fevereiro, 24
Mechnikov vistoria, com Paiva Couceiro, as defesas da Monarquia na Linha do Vouga. Na Covilhã, é rechaçada uma primeira grande ofensiva republicana.
Fevereiro, 25
D. Manuel II desembarca na Corunha, beneficiando dos contactos monárquicos que sempre apoiaram as incursões idas da Galiza. O plano da Repartição é exatamente o inverso de fazer o monarca passar despercebido. A comitiva avança pelo interior e a notícia espalha-se depressa.
Fevereiro, 27
As ordens do governo espanhol para deter o monarca português, de quem surgem por todo o lado relatos da sua passagem, a maioria obrigatoriamente fantasiosos, e a agressividade das tropas que lhe tentam descortinar o esconderijo, saldam-se num rastilho que faz explodir o nacionalismo galego. Desnorteadas com a reação, uma demonstração em Santiago de Compostela, despoletada pela prisão de um sósia de D. Manuel II na cidade, resulta num banho-de-sangue. O verdadeiro monarca embarca novamente no Cabo Finisterra.
Março, 1
Quando El-Rei desembarca em Vigo, já a Galiza declarou a sua união à Monarquia do Norte, com diversos focos de combate.
Março, 3
Perante as notícias da entrada iminente de El-Rei em território português, acentuam-se mais ainda os combates na Linha do Vouga, com várias ofensivas republicanas. A linha de defesa monárquica resiste, muito à conta das contramedidas implementadas à ordem de Mechnikov.
Março, 6
Fundação da Comintern, a Internacional Comunista.
Março, 8
Entrada triunfal de D. Manuel II no Porto. Pelo caminho, A Repartição frustra duas tentativas de assassinato montadas pela sua congénere republicana, a Polícia Preventiva. À entrada da Sé, é recebido pelo padre-guerrilheiro Domingos Pereira.
Março, 11
Temporariamente aliviados do bloqueio de armas, comida e matérias-primas pela união da Galiza, a Monarquia do Norte está, no entanto, condenada a definhar. Para piorar, perante a recusa de D. Manuel II, pressionado pelos seus conselheiros, de renegar o apoio da Galiza, a Espanha proclama oficialmente guerra à Monarquia do Norte.
Março, 12
Mechnikov apresenta a produção de biocombustível com base numa nova estirpe de leveduras, que batiza como Saccharomyces monarchica, e que tornarão a Monarquia menos vulnerável ao bloqueio naval republicano. A governação real aprova os seus planos e é dada a ordem para iniciar imediatamente a laboração.
Março, 26
O Porto é afetado pela segunda vaga da epidemia de Gripe Espanhola (histórico), piorada pela acumulação de gente sem as devidas condições sanitárias. A Rainha Augusta Vitória liderou a assistência médica, até ela própria cair vítima da doença e morrer.
Maio, 1
Termina finalmente a época das chuvas. O Porto é uma azáfama. A primavera veio para ficar. Está lançada em pleno a Guerra Civil Winepunk.
Junho, 12
Sucessivos assaltos de tropas republicanas ao longo do Vouga, todos rechaçados, que terminam com o motim das tropas sitiantes pelo elevado número de baixas atingido. A República demorará a ter capacidade de montar tamanha campanha sob risco do sul do país aderir à Monarquia.
Junho, 23
Tentativa espanhola de tomar Bragança (Batalha do Bottelon), gorada pela ação conjunta de forças portuguesas vindas da cidade e de milícias galegas ocultadas pela Serra de Eixe, onde Paiva Couceiro se volta a notabilizar, sendo ferido. Durante todo o verão, a resistência galega procura consolidar a linha de fronteira montanhosa, enquanto as forças armadas espanholas intentam várias incursões.
Julho, 3
Começa a construção das Reais Oficinas de Armamento, nos arredores do Porto. Adstrito ao complexo, começa a ser construído o Real Instituto de Ciências Aplicadas.
Setembro, 11
Início da Revolta da Catalunha, depois de confrontos sangrentos em frente ao monumento a Rafael Casanova, em Barcelona. Jornais estrangeiros passam a apelidar a guerra na península por «Caldeirão Ibérico».
Outubro
A Revolta da Catalunha, vendo impossível uma ação armada em larga escala, degenera num movimento de guerrilha. Entretanto, nas cordilheiras da fronteira galega cria-se, com o apoio da Monarquia do Norte, uma segunda linha de fortes e trincheiras.
Novembro, 9
A incapacidade dos comandos, militar e político, espanhóis, que somam revés atrás de revés, levam a um golpe de Estado protagonizado pelo General Primo de Rivera, rapidamente sancionado pelo Rei Afonso XIII com o estabelecimento de uma ditadura (histórico, mas antecipado 2 anos).
1920
Janeiro, 7
Agora pressionada em três frentes (Galiza, Catalunha e Marrocos), a ditadura espanhola contrata o alemão Hugo Stoltzenberg, especialista em armas químicas (histórico, mas antecipado 1 ano) para a frente ocidental, incluindo a colaboração com a frente republicana portuguesa (na realidade foi para Marrocos).
Janeiro, 19
As celebrações do primeiro aniversário da Monarquia do Norte são assombradas por rumores de que a Espanha prepara desembarques militares ao longo da costa galega. No entanto, são inauguradas as Reais Oficinas de Armamento, com o desfile dos primeiros protótipos de mecha (desenhos de Mechnikov).
Janeiro, 28
Formação da Legião Estrangeira Espanhola (Tercio de Extranjeros) em Marrocos, e começa a ofensiva contra os berberes.
Fevereiro, 11
Morre, em Paris, a atriz Gaby Deslys, antiga paixão de D. Manuel II. Ao receber a notícia, El-Rei fica profundamente perturbado. Os conselheiros não o conseguem demover de concretizar uma viagem aos Estados Unidos, em busca de apoio financeiro.
Fevereiro, 15
Duas frotas navais espanholas são açoitadas por membros da novel Real Aeronáutica Naval, com canhoneiras acopladas a dirigíveis de pequenas dimensões concebidas por um engenheiro português (Batalha dos Carapaus). A ocupação é abortada.
Fevereiro, 17
Com a notícia das novas façanhas militares, D. Manuel II desembarca nos Estados Unidos da América, com pompa e circunstância. A imprensa norte-americana toma o seu partido, principalmente pela animosidade que ainda persiste pela Guerra Hispano-Americana de 1989 (histórico). Na sua estadia, desperta o interesse de vários industriais e cientistas.
Março, 5
D. Manuel II volta ao Norte, com várias promessas de apoio norte-americano e a companhia de Mary Pickford e Thomas Townsend Brown.
Março, 18
O Posto Antropométrico de Lisboa é transformado no Gabinete Biométrico de Lisboa, dando apoio à Polícia Preventiva e desenvolvendo o seu trabalho de investigação na área da antropometria e da manipulação de características humanas.
Abril, 21
Casamento real de D. Manuel II e Mary Pickford (agora conhecida como Rainha Maria III de Portugal).
Julho, 14
Thomas Townsend Brown começa a desenvolver o seu conceito do efeito Biefeld-Brown (histórico, mas antecipado 1 ano) nas Reais Oficinas de Armamento.
Agosto, 23
Ofensiva conjunta luso-espanhola em três frentes, com a utilização de novas armas químicas que provocam demência, consegue alguns ganhos no norte da Galiza, quase domina a Guarda, e conquista Albergaria-a-Velha para aliviar a republicana Aveiro, que, entretanto, se tornara uma cidade de contrabandistas.
Setembro, 10
Contra-ofensiva da Monarquia aliviando a Guarda e reconquistando Albergaria-a-Velha. O norte da Galiza mantém-se ocupado, com Lugo sob fogo e Santiago de Compostela pressionada.
Outubro, 19
Os radicais republicanos assumem o poder, prometendo acabar rapidamente com a Guerra Civil.
Outubro, 31
Primeiros relatos de ataques de pelotões republicanos de antropo-modificados às trincheiras monárquicas. A Covilhã capitula, mas a intervenção do Corpo Mechanizado, liderado pelo Capitão-Mor Júlio da Costa Pinto, garante a evacuação da população. Para suster o ataque, a artilharia pesada monárquica colocada na Serra da Estrela reduz a cidade a escombros.
Novembro, 10
Perante a nova ofensiva que pressiona a Monarquia, e também perante a crescente boa relação de monárquicos e norte-americanos, os ingleses parecem finalmente decidir-se e propõem ajudar a Monarquia do Norte invadindo o setor norte da Galiza, detido pelos espanhóis, zona essa que ficariam posteriormente a governar. Nos bastidores, a Ordem de São Jorge, sociedade secreta de monárquica índole militar e científica, muito próxima da Repartição, tenta garantir que El-Rei não aceite essa oferta.
1921
Abril, 5
Batismo de fogo do cruzador aéreo Vasco da Gama, com engenho Biefield-Brown funcionante, contra uma esquadrilha de caças republicanos.
Julho, 22
Derrota espanhola na Batalha de Anual, em Marrocos (histórico).
Agosto, 29
Espanhóis rodeados em Melila (histórico). Assinam rendição e enviam a Legião para combater a Monarquia do Norte.
1922
Abril, 23
Dia de São Jorge. Cerimónias de consagração do país a São Jorge, deixando Nossa Senhora de ser a padroeira, e rainha, de Portugal (1646). Fim do Reino da Traulitânia.